A difícil relação entre as mães e suas filhas meninas

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Cuidado, mães! Segue um alerta: é mais difícil para as mulheres enxergarem nas filhas meninas pessoas diferentes delas mesmas.

Dependendo do tipo de cuidados que receberam de suas próprias mães, vão ter uma tendência: se encantarão por suas meninas, acreditando serem as mais lindas do mundo, ou, ao contrário, tenderão a achá-las mais sem-graça, desajeitadas e menos espertas que realmente são.

Não é uma decisão racional, é dominada pelo inconsciente, tão bem descrito por Freud no início do século XX. Fomos meninas e tivemos mães, temos registrados em nossa mente os olhares de alegria, dúvida ou decepção que recebemos delas. E tendemos a enxergar nas filhas meninas aspectos nossos, quando crianças.

É preciso um grande esforço para escapar desta armadilha, que coloca mães e filhas numa prisão conjunta, desperta muito sofrimento e dá pouco espaço à criatividade.
Se você nunca sentiu essa desconfortável sensação, considere-se sortuda! Mas fique atenta para fases futuras: adolescência, disputas entre amigas, mudanças corporais.

Os filhos, em geral, têm esse poder de fazerem os pais lembrarem de incômodos que pareciam esquecidos. Tornam-se, muitas vezes, os responsáveis por melhorar a experiência vivida pelos pais, o que é uma grande responsabilidade.

Olhe para sua menina e procure descobrir quem ela é, seus gostos, sua personalidade.

Dê a si mesma a oportunidade de não se sentir outra vez na mesma situação da infância, dando à sua filha um lugar dela, novo, livre. Ajude-a a superar os desafios dela, que podem ser parecidos com os seus, ou completamente diferentes. Encante-se pelas suas diferenças, pela pessoa que inesperadamente ela tem se tornado.

Reconheça caso não consiga ter para sua filha um olhar justo. Muitas vezes são os pais, ou a própria menina, quem alertam às mães sobre este olhar “viciado”, já que é difícil nos darmos conta disso no dia-a-dia.

Se achar que esta identificação exagerada está tornando sua relação com sua filha muito pesada, procure ajuda profissional. Algumas conversas podem ajudar você a separar sua história da de sua menina e quebrar um ciclo vicioso, que às vezes se repete por gerações.

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