A importância da amamentação para mãe e bebê

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No inicio da vida do bebê, em seus primeiros meses de vida, ainda há uma imaturidade fisiológica onde seu trato gastrointestinal, seus rins, fígado e sistema imunológico estão em fase de desenvolvimento e maturação.

Durante muito tempo, o homem substituiu o aleitamento materno por fórmulas e complementos e, só na década de 80, é que o aleitamento materno começou a ser evidenciado com superioridade por meio de estudos científicos que demonstraram que o aleitamento materno traz benefícios para a saúde da mãe e do bebê. No caso da mãe a amamentação atua prevenindo câncer de mama e útero, recuperação do peso pré gestacional, diminuindo o risco de osteoporose e aumentando o vínculo  afetivo mãe e filho. Para a saúde do bebê, a amamentação atua prevenindo a obesidade a longo prazo, anemias e doenças crônicas não transmissíveis.

O leite materno atende todas as necessidades do bebê perfeitamente, por ser um alimento nutricionalmente completo, além de ser altamente complexo, contendo substâncias que possuem propriedades protetoras e imunomoduladoras, protegendo o bebê  não apenas de infecções e alergias, como também estimula o desenvolvimento do sistema imunológico e a maturação do sistema digestório e neurológico.

Há uma relação muito importante entre o aleitamento materno e o efeito protetor contra a obesidade na vida adulta. Estudos demonstram que durante o crescimento somático e dos compartimentos corporais como massa magra, óssea e gorda, os componentes da dieta são os principais fatores externos que influenciam o genoma humano. Os nutrientes possuem efeitos indiretos sobre a expressão genética e protéica no metabolismo. Esta interação em grande parte define o estado de saúde ou doença de um indivíduo.

No caso de impossibilidade de aleitamento materno, como por exemplo mães soropositivas, crianças com erros inatos do metabolismo, crianças com intolerância a lactose, mães que recebem radioterapia ou quimioterapia, mães com herpes em seio, entre outras situações, o mais indicado é o uso das fórmulas  lácteas indicada pelo pediatra, mas somente como recurso necessário, nunca por substituição sem necessidade do leite materno. A indústria  está se atualizando cada vez mais para que suas fórmulas se assemelhem ao leite materno em sua composição de nutrientes, vitaminas e minerais.

Já o leite de vaca ou de cabra são completamente contra indicados em sua composição normal, uma vez que além  da baixa quantidade de ferro disponível, eles possuem grande quantidade de proteínas estranhas à espécie humana, de difícil digestão e baixa quantidade de vitaminas e minerais. As crianças menores de um ano alimentadas com leite de vaca podem desenvolver sobrecarga renal, anemia ferropriva, deficiência de vitaminas, alergia a proteína do leite de vaca e de outros alimentos e presença de sangue oculto nas fezes.

Mães, aqui e deixo minha mensagem para que possam avaliar os benefícios do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida, tanto para as mães e bebês do ponto de vista nutricional, da saúde e também socioeconômico pois além de tudo ele é produzido por vocês mesmas, sem custo algum! Utilizem da melhor forma possível o que a natureza tem para nos oferecer!

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Texto por Alessandra Marianetti Martins Vieira – Nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo, cursando especialização em nutrição pediátrica no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas e nutricionista clínica em UTI pediátrica do Hospital Alvorada Moema. Apaixonada pelo olhar e sorriso sincero das crianças e colaboradora do blog Maternidade em Cena.

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