Se pudéssemos escolher uma única palavra como representante máxima do favorecimento do desenvolvimento infantil seria esta: constância.
Do nosso querido Aurélio: Qualidade de constante. Que não se desloca. Incessante. De ânimo firme. Ininterrupto, contínuo. Muitas vezes.
Desde os bebês: pessoas constantes, cuidados constantes, lugares constantes, iluminação constante, rotina constante.
Constante não é rígido, não é inflexível. Constante é seguro e previsível.
Nas crianças um pouco maiores: regras constantes, humor constante, certo e errado constantes.
É um constante que se desenvolve constantemente. Devagar, aos poucos, conforme as necessidades mudam.
Claro que surpresas e imprevistos acontecem. E serão muito bem aceitos caso haja a confiança de que a normalidade voltará, junto com sua confortável constância.
Não é uma constância metódica e sem criatividade. As relações são vivas e todas as variações e modulações são bem-vindas, desde que assentadas numa certa constância.
A constância cria uma base sólida, a partir da qual as crianças poderão explorar o mundo em segurança, sabendo que terão um porto seguro para ancorar.
Procure em suas lembranças um lugar, uma pessoa, uma comida, um período no qual você podia saber o que iria encontrar. O tempo e a distância não tiram de dentro da gente a agradável proteção da constância.
Vivemos num tempo acelerado, onde muitas coisas acontecem simultaneamente. Vivemos correndo, divididos, conectados. A constância soa fora de moda. Mas muitos males podem ser evitados se nos rendermos aos seus encantos.
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