Assim como em tantos outros assuntos referentes à relação entre mães e bebês, na introdução alimentar quanto menos palpitarmos, melhor.
Vale lembrar que neste início o mais importante é experimentar.
Alguns pediatras e nutricionistas preparam receitas para facilitar a vida das mães. Combinações já testadas e saudáveis, com quantidades e proporções estabelecidas.
Precisamos tomar cuidado para que essas receitas não se tornem um manual que ponha em risco a relação leve e prazerosa que devemos ter com a alimentação.
Entendido o básico – pouco sal, legumes e verduras frescas e variadas, frutas da estação – vale considerar as preferências e a praticidade.
Se a mãe é vegetariana, dificilmente vai acreditar que uma papinha preparada com fígado estará gostosa.
Se precisou ir a três mercados para encontrar o inhame, não vai aceitar bem caso o bebê não goste daquele ingrediente.
Se a vovó preparou uma sopinha cheirosa, mas não tirou a semente do tomate, não se preocupe tanto. Vale lembrar que em outras culturas a introdução alimentar é totalmente diferente da nossa, e tudo dá certo no final.
O apetite do bebê, assim como o nosso, também varia.
Há dias em que uma virose se aproxima e nada apetece.
Se tolerarmos as variações naturais do bebê, estaremos proporcionando a ele a idéia de que a alimentação é uma coisa boa, à qual ele tem direito.
Se ficarmos muito preocupadas com horários, quantidades, permissões e proibições e pior, imposições, estaremos vinculando a comida a uma experiência de violação, de uma invasão a um direito de comer porque tem fome e vontade.
Ofereça alimentos saudáveis, com tranquilidade. Respeite a vontade do seu bebê de consumi-los ou não, na quantidade que parecer suficiente para ele, considerando seu ritmo e seu apetite.
Este é um clássico exemplo em que é muito melhor prevenir do que remediar, pois uma vez estabelecida uma má relação com a comida, o trabalho será muito maior e mais sofrido para pais e filhos.
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